Geledés realizou a pesquisa “A educação das meninas negras em tempos de pandemia: o aprofundamento das desigualdades”, que revelou que meninas negras foram as mais atingidas pelo acirramento das desigualdades educacionais na pandemia de Covid-19. Buscando cobrar as instituições responsáveis por mitigar essas desigualdades, o Geledés lançou uma carta-compromisso pelo direito à educação de meninas negras a ser assinada por organizações da sociedade civil e instituições de defesa de direitos.

As 270 organizações e redes que compõem a campanha Renda Básica Que Queremos, que, em articulação com deputados da oposição, conseguiram fazer com que fosse aprovado o auxílio emergencial de R$ 600 durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, agora pressionam por uma política de renda básica permanente.

Nesta fase da campanha, as organizações propõem parâmetros para orientar uma política de renda básica pautada por quatro princípios: o da renda como direito humano, fundamental e indivisível dos demais; o da política de Renda Básica como vetor de redução de desigualdades raciais e sociais; o da solidariedade em relação ao seu financiamento; e o do reconhecimento de que o programa Bolsa Família precisa ser ampliado e deve ser a base para implementar um renda básica permanente.

A PANE é uma plataforma que reúne ações e ferramentas para aumentar a participação de mulheres negras na política, fomentando sua entrada nos espaços de decisão, pressionando os partidos a viabilizarem suas candidaturas, e cobrando o compromisso do maior número possível de candidaturas com a defesa de políticas públicas antirracistas.

Na primeira fase, a campanha, capitaneada pelo Instituto Marielle Franco em parceria com a Educafro, o Movimento Mulheres Negras Decidem e a Coalizão Negra por Direitos, pede ao TSE que volte a debater e aprove o pedido para distribuição proporcional de financiamento e tempo de propaganda para candidaturas negras nas eleições.

Organizações ligadas à Coalizão Negra por Direitos publicaram um manifesto convocando toda a sociedade brasileira a agir para erradicar o racismo e apoiar as pautas históricas do movimento negro.

“Não há democracia sem enfrentar o racismo, a violência policial e o sistema judiciário que encarcera desproporcionalmente a população negra. Não há cidadania sem garantir redistribuição de renda, trabalho, saúde, terra, moradia, educação, cultura, mobilidade, lazer e participação da população negra em espaços decisórios de poder”, afirma o texto.